Êga: 'Não esperam grande coisa da gente'

Pivô diz que seleção está evoluindo e fala em surpresa em Pequim

Uma das mais experientes jogadoras brasileiras, com 30 anos, Êga finalmente terá a chance de disputar as Olimpíadas. Em Atenas, ela sofreu uma lesão na reta final de preparação e foi cortada. Agora, como uma das líderes de uma geração renovada, ela sabe que a seleção chega como zebra a Pequim. - Por ser um grupo muito jovem, não esperam grande coisa da gente. Até no Pré-Olímpico os times que nos enfrentaram não esperavam. E aí a gente conseguiu aquela classificação suada. Mas estamos evoluindo. Já tivemos uma fase boa de treinamento. Podemos surpreender - diz. Para ela, o caso da armadora Iziane, cortada durante o Pré-Olímpico da Espanha, em junho, fortaleceu o grupo de jogadoras. - O time está com outra cara, confiante por todas as coisas que aconteceram nos últimos meses - diz. Surpreendentemente, a pivô faz avaliação positiva das duas derrotas que o Brasil teve para a Austrália em amistosos realizados em Sydney antes do embarque para a China. No primeiro jogo, a seleção perdeu por 37 pontos. Depois, por 23. - Estávamos muito cansadas. Francamente, eu esperava mais da Austrália, principalmente depois do que vimos dela no Mundial - diz. Êga e as jogadoras tiveram pouco tempo de descanso em Pequim. A chegada ao aeroporto local foi pouco depois das 6h (19h de Brasília), mas as jogadoras só conseguiram pegar o ônibus depois das 8h por causa da lentidão para validar as credenciais olímpicas. E depois de um rápido pit-stop na Vila Olímpica, teriam de ir ao treino, às 19h. - Chegamos cansadas, mas já temos que treinar. Conhecemos o Bassul e sabemos como ele é. Mas está certo, atleta gosta de treinar para se recuperar e temos que fazer tudo para chegar bem nos jogos - diz.