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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

O motorzinho e a máquina de rebotes

No Flu, armadora Ivana e pivô Clarissa batem um papo





















Faltava uma hora para o treino do Fluminense, nas Laranjeiras, quando o técnico Guilherme Vos, a armadora Ivana e a pivô Clarissa sentaram-se ao lado da piscina do clube para uma conversa descontraída . Diante do breve silêncio após a primeira pergunta, o treinador sorriu e se levantou:
- Vou sair, senão elas não vão ficar à vontade para responder - explicou, arrancando risadas imediatas das meninas.
O que veio em seguida foi um papo franco com duas promessas do basquete feminino brasileiro. Ivana da Silva, 20 anos e 1,64m, começou na Mangueira, jogou por Flamengo e Grajaú, passou quatro meses em São Bernardo (SP) e já defendeu a seleção brasileira nas categorias de base. Moradora de Del Castilho, na Zona Norte do Rio, é a décima cestinha do Nacional feminino, com média de 14,6 pontos por jogo.
Clarissa dos Santos, 1,82m e 19 anos, começou a jogar basquete com 15, mas já se tornou um fenômeno dos rebotes: lidera o Nacional com média de 18 por partida, oito a mais que a segunda colocada. Começou no Miécimo da Silva (em Campo Grande, onde mora), jogou no Grajaú, em Santos e no Paraná. Assim como a amiga, também vestiu a camisa da seleção na base.
Abaixo, trechos da conversa ao lado da piscina. Bem longe do técnico.








Agora que o Guilherme não está mais aqui, falem sobre a relação que vocês têm com ele.Ivana: É meu paizão. Conheço ele desde os 3 anos, então é como se fosse meu pai. É super tranqüilo. Dá os esporros dele de técnico, é óbvio, tem que dar, mas está sempre pronto para ajudar. A gente só está jogando Nacional graças a ele.Clarissa: Conheço o Guilherme há uns quatro anos. Moro em Campo Grande, então fico lá na casa dele, no Maracanã, como, durmo. Se eu tivesse que ir para casa, além do cansaço físico do jogo, teria também o cansaço de ir e voltar.
E essa mania dele de contar piadas? São boas pelo menos?Ivana: São ótimas (irônica). Eu nem dou mais atenção. Ele fala e eu saio andando. Ele conta piada o tempo inteiro. Ok, algumas são muito boas, mas a maioria é muito ruim.Clarissa: Qualquer coisa que você fala, ele solta uma pia







"Nosso time é muito unido. Nos hotéis, ninguém pára no quarto. É um revezamento de quartos, cada hora em um" - Ivana, armadora do Flu



O clima entre as jogadoras parece ser muito bom. Como é nas viagens?Ivana: Nosso time é muito unido. Nunca vi nenhum time assim. Nos hotéis, ninguém pára no quarto. É um revezamento de quartos, cada hora em um.Clarissa: Quando o Guilherme fala “Tem que estar no quarto tal hora”, aí tudo bem, mas fora isso, é um tal de “Cadê Fulana?” “Está no quarto da Beltrana”. Aí você liga e percebe que não já está mais...



E no ônibus?Ivana: Zona total (risos). Bagunça e sono.Clarissa: Tem uma folguinha leve para dormir umas horinhas e repor as energias. Para Ourinhos, foram 10 horas de viagem.
Que estrutura vocês têm para jogar aqui no Fluminense?Ivana: Não temos (risos). A gente conseguiu a quadra para treinar na Universidade Santa Úrsula (perto da sede do Fluminense) por causa do Guilherme e do Renê (Machado, superintendente de Esportes Olímpicos do clube e pai de Marcelinho). Se não fosse ali, a gente teria que ficar rodando até achar um lugar. Se não for na raça, não acontece. A gente deu sorte de cair num lugar bom, com pessoas que querem fazer e acontecer.Clarissa: Não recebemos nada, nem ajuda de custo.Ivana: Agora, o que a gente pode usar é a estrutura do clube, médico, fisioterapia, academia








































Adrianinha é apontada por Ivana como ídolo: 'Só falei com ela uma ou duas vezes'




"Tem muita gente que pára porque não vê retorno. Eu penso em fazer outra coisa. Tenho que ter um diploma na mão" - Clarissa, pivô do Flu






O que vocês acham da crise no basquete brasileiro?Ivana: Está caindo cada vez mais, e a tendência é piorar. Eu espero nunca depender do basquete para viver, não quero isso nunca para a minha vida. Estou no segundo período de Educação Física.
Clarissa: Tem muita gente que pára de jogar basquete porque não vê retorno. Eu penso em fazer outra coisa. Tenho que ter um diploma na mão.


Quem são seus ídolos no basquete?Ivana: Adrianinha (abre o sorriso). Não sei se jogo parecido com ela, mas gosto muito do estilo. Espero que ela volte agora para a seleção. Só falei com ela uma ou duas vezes. Lá fora, gosto da Sue Bird (companheira de Iziane em Seattle). Clarissa: É muito difícil eu ver basquete na televisão. Na minha casa não tem TV a cabo. Na casa do Guilherme tem, e eu dou uma olhada, mas só quando é muito emocionante.
Já ouviu falar do Dwight Howard, reboteiro da NBA?Clarissa: Nunca (risos). Alguém me falou sobre um jogador da NBA que parece comigo, mas não sei se é ele.
Saiba mais
O Fluminense tem um time quase inteiro juvenil, mas está trazendo reforços. Ficaram animadas?Ivana: Graças a Deus! (risos)Clarissa: Maravilha! (risos). Tem a Cláudia e vai chegar outra, a Lívia (que chegou na sexta-feira). Ivana: Ah é? Quem é? (No dia da conversa, Ivana ainda não sabia da chegada da ala-pivô).
Não conhece? Parece que está chegando para substituir você no quinteto titular (risos).Ivana: Ah, quero ver quem me tira! Nem a Adrianinha! (risos)

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