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sábado, 16 de fevereiro de 2008

Oscar: 50 anos de amor ao basquete

'Mão Santa' é o maior ídolo do basquete e um dos grandes mitos do esporte brasileiro


Quando se fala em basquete no Brasil, a associação ao nome de Oscar Schmidt é quase imediata. Maior ídolo do seu esporte no país, e dono de inúmeros recordes e marcas fantásticas na carreira, atuando em clubes ou na seleção brasileira, Oscar completa, neste sábado, 50 anos de feitos memoráveis nas quadras de todo o mundo.




Nascido em Natal, no Rio Grande do Norte, Oscar começou a jogar basquete apenas aos 13 anos de idade, em 1971, em Brasília. Já com 1,85m de altura, o jovem não demorou a destacar-se, indo para São Paulo três anos mais tarde, para treinar no Palmeiras. Aos 19 anos, foi convocado para a seleção brasileira adulta pela primeira vez. Um ano mais tarde, em 1978, ajudou a equipe a conquistar a medalha de bronze no Campeonato Mundial, disputado nas Filipinas. Seu desempenho chamou a atenção do técnico Cláudio Mortari, que o levou para o Sírio, que montava o lendário time que seria, em 1979, campeão mundial de clubes.
Em 1980, Oscar começou uma história recheada de momentos marcantes com as Olimpíadas. Os Jogos de Moscou marcaram a sua estréia na competição, e Oscar fez bonito, e anotou 169 pontos, ajudando o Brasil a ficar com a quinta colocação. Em 1982, Oscar foi jogar no basquete italiano, pela equipe do Caserta, treinado pelo iugoslavo Bogdan Tanjevic.
A parceria com o treinador eslavo fez com que o brasileiro galgasse degraus mais altos em sua carreira. Em 11 temporadas na Itália, Oscar anotou 13.957 pontos (recorde da história do torneio) e ainda estabeleceu o recorde de pontos em uma partida da competição: 66, contra o Fernet




Oscar comemora o ouro contra os EUA no Pan-Americano de 1987





'Mão Santa' recusa proposta do New Jersey Nets, da NBA
Em 1984, Oscar disputou as Olimpíadas de Los Angeles, anotando novamente 169 pontos. Mesmo com a nona colocação do Brasil, a NBA interessou-se pelo pivô brasileiro. O New Jersey Nets tentou contratá-lo por três anos seguidos, mas Oscar recusou-se a assinar com a equipe americana, pois, se o fizesse, pelas regras da época, não oderia mais defender a seleção brasileira, já que não era permitida a participação de profissionais em torneios da FIBA e nas Olimpíadas.


Três anos mais tarde, Oscar viveu o que, em suas próprias palavras, foi o maior momento de sua carreira: a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1987, derrotando a seleção americana em Indianápolis, o berço do basquete americano, na final. O placar de 120 a 115 foi conquistado com luta e raça, e Oscar, com 46 pontos, comandou a vitória histórica contra os inventores do basquete, que jamais haviam perdido uma partida sequer em seu território em toda a história, e nem sofrido 100 ou mais pontos de nenhum adversário. Comenta-se que a derrota dos americanos para o Brasil fez com que aumentasse a pressão para que os profissionais da NBA passassem a ter direito de disputar as Olimpíadas, o que aconteceria apenas em 1992, nos Jogos de Barcelona.
Em 1988, nas Olimpíadas de Seul, Oscar fez história, tornando-se pela primeira vez o cestinha de uma edição do torneio olimpico, com 338 pontos, e ao marcar 55 pontos contra a Espanha, recorde de pontos em uma só partida da competição. Além destes recordes, Oscar ainda bateu as marcas de melhor média de pontos na competição, mais pontos em uma só edição das Olimpíadas, maior total de pontos em uma Olimpíada (338), mais cestas de três pontos na competição, mais cestas de três pontos em um só jogo, mais cestas de dois pontos na competição, mais cestas de dois pontos em um só jogo, mais lances livres na competição e mais lances livres em uma só partida dos Jogos










Oscar enfrenta Larry Bird, seu ídolo, em Barcelona-1992





Em 1992, nas Olimpíadas de Barcelona, Oscar teve a chance de enfrentar o maior time de basquete de todos os tempos: o "Dream Team" dos Estados Unidos, que levou à Catalunha profissionais do quilate de Michael Jordan, Magic Johnson, Larry Bird (grande ídolo de Oscar), entre outros. Na partida entre as duas equipes, Oscar foi marcado impiedosamente por Scottie Pippen, um dos melhores defensores da NBA, mas, mesmo assim, brilhou, anotando 24 de seus 198 pontos na competição. Após a partida, vencida pelos americanos por 127 a 83, Oscar foi cumprimentado por Charles Barkley, que nunca escondeu a admiração pelo astro brasileiro.










Após transferir-se para o Forum, de Valladolid, na Espanha, e anunciar seu afastamento da seleção brasileira, Oscar voltou atrás e decidiu, em 1995, regressar ao Brasil e atuar pelo Corinthians, time pelo qual conquistou seu oitavo Campeonato Brasileiro. Um ano mais tarde, em 1996, aceitou o pedido do técnico Ary Vidal e voltou à seleção para a disputa de suas quintas Olimpíadas, em Atlanta, nos EUA. Após o sexto lugar conquistado, Oscar foi reverenciado por todos os jogadores da equipe, pois aquele havia sido seu último jogo com a camisa verde e amarela. Com 219 pontos marcados, tornou-se o primeiro atleta a superar a marca de mil pontos em Olimpíadas (1.093). No total, Oscar marcou 7.693 pontos e 326 partidas pela seleção.









Oscar ainda teve passagens importantes pelo Campeonato Nacional de basquete atuando pelo Barueri e pelo Flamengo: estabelecendo o recorde de pontos em uma partida no Brasil (74), quebrou a marca de 40 mil pontos na carreira e foi, pela terceira vez seguida, cestinha da competição, tornando-se o primeiro jogador a bater a marca dos mil pontos no torneio. Além disso, foi campeão carioca e vice-campeão brasileiro pelo Flamengo, clube que o adotou como ídolo, e pelo qual Oscar encerrou a carreira como jogador profissional em uma cerimônia emocionante, que contou com a presença de seus filhos e sua esposa.

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