Uma história que se repete a cada dia no basquetebol brasileiro. Mais uma equipe vai acabar por falta de investimento. A vítima da vez é o Fluminense, do Rio de Janeiro, que disputou o Nacional feminino e terminou a primeira fase da competição na vice-lanterna.
O motivo desta vez não é nem a saída de algum patrocinador, situação que já virou comum no basquete brasileiro nos últimos anos. O Fluminense está encerrando as atividades de seu time feminino porque o técnico está de saída.
Guilherme Vos aceitou uma proposta de trabalho para comandar o Projeto Olímpico do morro da Mangueira, e como era ele que bancava as despesas do time há três anos, a equipe deixará de existir. Vos revelou que tirava do próprio bolso o dinheiro para pagar hospedagem, alimentação e até a taxa de arbitragem dos jogos do Fluminense. O treinador conseguia os fundos por meio da venda de rifas, placas de publicidade e da ajuda dos familiares.
No acordo que Vos tinha feito para treinar a equipe feminina do Fluminense, o clube carioca não tinha nenhum ônus. O "pagamento" era feito em troca do uso da marca do time. Até o ginásio em que a equipe treinava não era o do clube, mas sim de uma universidade próxima.
Com o fim do time feminino, uma das maiores revelações do Nacional, que ainda está em andamento, nas semifinais, vai ficar temporariamente sem emprego. A pivô Clarrissa, apesar das 13 derrotas da equipe em 16 jogos disputados, foi um dos destaques da competição como segunda maior cestinha (22,3 pontos por jogo) e melhor reboteira do torneio (média de 15,5).
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