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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Paulistas apresentam liga independente - ACBB

Ápice da briga foi a exclusão de Franca do campeonato sul-americano deste ano

Hélio Rubens e Cássio Roque na apresentação da liga independente


Oito clubes de São Paulo apresentaram nesta segunda-feira, na sede da Federação Paulista de Basquete, sua liga independente da CBB (Confederação Brasileira de Basquete). Denominada Associação dos Clubes de Basquete do Brasil (ACB), o grupo organizará um campeonato, apoiado pela FPB, à parte do Nacional, que já está em andamento. O torneio começa na próxima quinta-feira e só terá times paulistas. O evento, entratanto, foi marcado por acusações contra o mandato de Gerasime Bozikis, o Grego, na CBB.
- Não somos rebeldes. Somos descontentes. Por isso criamos essa associação independente para um campeonato à parte. Convidamos equipes de outros estados, mas neste momento elas estão presas à CBB por força de contrato. Por esse motivo só equipes paulistas disputarão esse primeiro campeonato - explica Cássio Roque, presidente da ACB.
As maiores críticas à CBB partiram do presidente da FPB, Antonio Chakmati, que participou da apresentação ao lado de Roque e de Hélio Rubens, ex-técnico da seleção brasileira e atualmente comandante do time de Franca, e de Wlamir Marques, ala bicampeão mundial em 1959 e 1963, que acompanhava o evento na platéia, mas pediu a palavra em alguns momentos.
- Eu não acredito que possa haver um acerto entra a associação e a CBB para que o campeonato seja legitimado nessa administração. Costumo ser positivista, mas nesse caso sou negativista. O que há, na verdade, é que ninguém quer deixar o "esquema". O "esquema" é bom para todos. E veja bem, não estou falando em roubo, porque posso ser processado. Mas todos sabem que duas pessoas mandam na CBB - diz Marques. Ele citou depois os nomes de Grego e de Luiz Antônio Manteiga, superintendente da CBB.
O racha entre CBB e os clubes de São Paulo começou no Nacional passado. As equipes não concordaram com a divisão das receitas apresentadas pela entidade. Em documento mostrado nesta segunda por Cássio Roque, a CBB indica a divisão dos R$ 750 mil que recebeu pela transmissão do Nacional de 2007. Os clubes receberiam R$ 301 mil e os R$ 449 mil restantes seriam para pagar despesas como estatística, hospedagem e alimentação, entre outros.
- O que chama a atenção é que os clubes já pagam alimentação e hospedagem, é tudo por nossa conta. Então qual hospedagem e alimentação são pagos nesse valor? - questiona Roque.
O ápice da briga foi a exclusão de Franca do campeonato sul-americano, que começa neste mês. O regulamento da CBB previa que times que não participassem do Nacional de 2008, caso do time francano, não poderiam disputar a Liga Sul-Americana. A Confederação indicou o Minas Tênis, mas Franca conseguiu na Justiça vetar a participação da equipe mineira. Para não indicar Franca, a CBB abriu mão da vaga e a Consubasquet (confederação sul-americana) convidou o Deportivo Táchira, da Venezuela.
- O Brasil perdeu uma vaga. Um absurdo - reclama Hélio Rubens.
A crítica de Antonio Chakmati foi contra o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman. Segundo Toni, como é conhecido, Nuzman apóia a perpetuação no poder de presidentes de Confederações que o apóiam, caso de Grego na CBB.
- Sou a favor de uma única reeleição. Oito anos no comando e fora. Mas há uma união entre COB e as Confederações que não é fácil - diz Toni.
O objetivo da ACB é ser legitimado pela CBB, como ocorre em outros países, que têm suas ligas organizados por clubes com a chancela das Confederações.
A COMPETIÇÃO
O torneio vai reunir oito times de São Paulo (Franca, Limeira, Assis, Pinheiros, São José dos Campos, Araraquara, Paulistano e Bauru. Esta última entrou na vaga de Rio Claro, vetada pela CBB porque seu patrocinador já disputa o Nacional). Os times jogarão em turno e returno, duas vezes contra a mesma equipe em cada mando. Quando um time visitar o outro fará duas partidas em dias seqüenciais. Os quatro melhores disputam a semifinal e os vencedores a final, em playoffs. - Queremos que os clubes tomem conta do basquete, com o aval da Confederação, que continuaria tomando conta das seleções. Isso é feito em outros países, como na Argentina, onde tem uma liga dos clubes chancelada pela Confederação local - explica Hélio Rubens, que prevê ainda campeonato de enterradas e de três pontos para promover o evento

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